Eu tenho experiências para-normais desde que eu tinha 7 anos de idade. Eu
cresci em uma casa assombrada e morei em mais algumas desde então. A história
que eu vou contar é de quando eu tinha 14 anos e morava na casa dos meus pais
adotivos.
Agora eu tenho 30 anos e como eu falei antes essa história se passa quando eu
tinha 14. Tudo começou com uma sensação ameaçadora que vinha do quarto do meu
irmão adotivo. Eu me aproximei na ponta dos pés para investigar o que era e
imediatamente eu senti "aquilo" e "aquilo" me sentiu. Estava com muita raiva por
eu saber o que era e que estava lá. Eu tentei contar para a minha mãe que tinha
algo na casa, mas ela simplesmente falou que nenhum espírito entraria em uma
casa cristã e se recusou a ouvir qualquer outra coisa que eu tinha para falar
sobre o assunto. Então tudo o que eu sofri, eu tinha que sofrer sozinho.
Naquela noite eu sonhei com uma espécie de demônio que queria que eu fizesse
coisas para ele, mas eu falei que nunca faria nada do que ele quisesse. Ele
falou que faria de tudo para que eu me arrependesse do que tinha dito, e foi
quando os pesadelos começaram.
Eu sempre tinha um pesadelo em que uma entidade que parecia a morte (a figura
vestida no manto negro com a foice) me perseguia por uma rua escura. No sonho
sempre antes dela conseguir me encostar eu acordava em pânico. O meu coração
batia forte, e as vezes eu estava suando frio e sentia como se alguma coisa
estivesse rindo de mim no quarto escuro. Eu tive esse pesadelo toda noite por
uma semana. Então a coisa piorou.
Numa noite eu estava lendo a minha Bíblia, uma coisa que eu fazia todo dia.
Enquanto eu estava lendo a minha visão foi escurecendo e eu acabei ficando
totalmente cego! Eu fechava e abria os olhos e nada, tudo escuro. Eu acendia e
apagava a luz do abajur do lado da minha cama, mas eu não conseguia ver nada. Eu
comecei a rezar fervorosamente para que isso acabasse, para que "aquilo" fosse
embora, mas a cegueira durou por uns 10-15 minutos. Isso começou a acontecer
toda noite por duas semanas. A próxima coisa que começou a acontecer era que eu
entrava em um transe e eu ouvia uma música. A minha visão escurecia e depois
clareava. Quando ela clareava eu via uma procissão religiosa em um templo Ateu
no que parecia ser a Grécia antiga (eu não sei porque, mas simplesmente parecia
ser lá). Isso só aconteceu uma vez, e eu sou muito grato por isso.
Como as coisas sempre tem um jeito de ficar ainda pior, os meus pais adotivos
acabaram viajando em um final de semana e só estávamos eu e o meu irmão em casa.
No final de semana eu fiquei petrificado de medo quando a noite caiu. Eu tinha
certeza que "aquilo" ia me pegar durante a noite, então eu passei a noite toda
em claro. Eu fiquei acordado por três dias seguidos, e então eu percebi que
ficando assustado e me comportando desse jeito, "aquilo" estava ficando mais
forte. Então naquela noite eu fui para a cama, apaguei a luz e fechei os olhos.
Eu acabei dormindo e nada aconteceu naquela noite.
Na manhã seguinte eu acordei sendo chacoalhado violentamente. Eu senti um bafo
quente e fétido no meu rosto e eu notei que estava flutuando no ar a uns 10
centímetros da minha cama. Eu fiquei sendo chacoalhado pos uns 3-4 minutos e
depois fui jogado com tamanha violência na minha cama que eu bati nela, quiquei
e cai no chão. Isso aconteceu pelos próximos três dias. Depois dessas 3 manhãs
de puro terror, numa tarde, eu ouvi o meu irmão entoando alguma coisa no quarto
dele. Eu fui até a porta dele que estava um pouco aberta e ele estava lendo algo
de um livro, entoando algo que eu não conseguia entender.
Mais tarde eu descobri que ele estava lendo instruções de como invocar um
espírito, mas ele não tinha feito o ritual para controlar o espírito e agora a
entidade estava solta pela casa fora de controle.
Eu voltei para o meu quarto e rezei para que nenhum espírito pudesse entrar lá.
Depois disso eu não fui mais atacado.
Eu não sei selar o meu quarto funcionou ou se "aquilo" simplesmente foi embora
por qualquer outra razão.
A casa em que eu moro agora também é assombrada, mas por um espírito amigável e
brincalhão, que esconde coisas, abre e fecha as portas e acende a apaga as
luzes. Nunca me causou nenhum mal e eu nunca me sinto ameaçado lá. Mas essas são
histórias para outro dia.
Obrigado por ler a minha história!
Bruno - São Paulo - S.P.